Aquele foi um dia para ser valorizado.
A última vez subindo a ladeira.
A última vez contemplando a parede aonde um neon nunca piscou: "Eu sabia que você existia."
A última sessão, as últimas palavras, o tom de um encerramento que ainda não havia se anunciado mas que já estava ao rés da porta.
A cachaça chinesa que ninguém sabia pronunciar o nome e a gente brincava que podia até ser removedor de tinta e a gente estava bebendo.
Foi presente dado a mim, foi presente dado por mim.
"De graça recebei, de graça dai."
A camiseta xamânica com um índio na frente e outro nas costas que já havia feito sucesso nas Constelações e, com certeza, já levou pelo menos um alguém a violar o 10. Mandamento.
Era eu deixando ali minha pele.
Todo o exterior que foi ali para ser curado e que agora era novo.
Doeu um pouco, na medida certa de uma despedida perfeita.
Deixei minha casca de grilo falante e ganhei o espaço sem olhar para trás.
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