domingo, 19 de maio de 2019

Nós pertencemos ao Sol


Lembro dessa música como uma das primeiras que ouvi no
gênero rock progressivo.

Eu, ainda jovem imberbe, espantei-me já de cara pela duração
da música. Ora, eram 21 minutos de uma mesma música,
quando hoje em dia não se consegue manter a atenção do
ouvinte em uma música por mais de 3 minutos. Aprendi,
depois, que essa era uma das características do rock
progressivo: as músicas longas, chegando por vezes a ocupar
um lado inteiro de um álbum (como "Thick as a Brick" do
Jethro Thull).

A segunda coisa: as variações rítmicas no decorrer da música.
De fato, parece que estamos ouvindo diversas música ligadas
por um "fio" condutor. E aprendi que essa era outra característica
do rock progressivo. O gênero traz o rock para mais próximo da
música clássica, tendo momentos e arranjos diferentes no decorrer
de uma "sinfonia". Podemos ouvir essa música e sentir os movimentos
Allegro, Andante Moderato, Presto, Andante novamente, e por aí vai.
Piano quando chega o vocal, Presto quando é apenas o solo.
Um movimento com MINUTOS de percussão entremeados por solos
ocasionais de teclado.

Mas a terceira coisa foi a principal: o vocal. Primeiro que ele
acontece só após 5 mins de introdução tocando. Segundo que
ele não é o ponto focal da música. A voz humana é apenas mais
um dos instrumentos utilizados para montar a atmosfera da música.
E, mesmo assim, em sua primeira aparição, essa voz humana
canta simplesmente: "Nous sommes du soleil" que traduzido
dá nome à música:

"Nós pertencemos ao Sol"


Boa noite a todos.

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