domingo, 29 de maio de 2022

E tudo começou com um Big Bang...

Terminei hoje TBBT.  E devo dizer que suou um pouco os olhinhos.

Essas últimas temporadas foram um terror.  Em 24 episódios por temporada, aguentando boa parte deles sendo filler e mesmo naqueles que avançavam algum plot, era material espalhado por outros que vc sabia que iam terminar exatamente como começaram. Howard compra uma scooter, mas vende-a antes do episódio terminar, não se preocupem, podem seguir adiante, isso muda absolutamente nada.


Acompanhei o plot do Stuart, que foi promovido de decoração de fundo de tela a personagem relevante. Foi um reboot dos antigos personagens, introduzido no meio da série para lembrar quem eram os protagonistas no início e tentar resgatar a magia e a conexão com aqueles que, no início da série, eram tão nerds quanto Leonard.


O plot de Rajesh e Howard.  O segundo melhor caso de bromance que eu conheço pelo menos, só perdendo para Scrubs.  Rajesh, no caso, que sempre foi um sidekick, sendo privado de todas as oportunidades de se ver livre da sombra de Sancho Pança para o Dom Howard Quixote.  O personagem dele só foi levado a sério tarde na série (lembrando que no início ele não era nem permitido falar), mas mesmo assim continuou com o estigma de coadjuvante e escada para Howard.


O plot de Leonard.  O personagem do Leonard é o que mais passou por transformações e questionamentos pela série.  Pensado, inicialmente, como protagonista, ele logo foi eclipsado pelo personagem do Sheldon e suas excentricidades.  Por mais que Sheldon tenha evoluído ele ainda precisava ficar caricato pq isso dava apelo à série.  Leonard, ao contrário, estava livre dessa restrição e em seus questionamentos buscava a identificação com a platéia que, desde o primeiro episódio, entendia seu anseio em fazer parte do mundo sem ter o mínimo preparo para isso.  Leonard QUERIA fazer parte do mundo e lutou por isso.  Evoluiu como pessoa, conquistou a moça bonita, conquistou uma família, conquistou seu espaço e seu lugar para sentar à mesa.

Devo dizer que o final do plot de Leonard e sua mãe foi um dos momentos que me trouxe suor aos olhinhos.


Sheldon, como disse acima, sempre se manteve caricato.  Mas os poucos momentos que lhe foi permitido ser um humano tridimensional geraram cenas marcantes.  É um personagem com pouquíssimo skill social e no decorrer da série percebe isso justamente quando seu mundo migra de um conjunto de pessoas iguais a ele a uma dicotomia de gente de todos os sexos e inclinações e carregando, eles também, sonhos.


Penny é excelente.  Na última temporada, particularmente, apreciei muito a interpretação dela e é incrível como ela se lança de corpo inteiro em uma cena.  As cenas que ela enriquece com seus olhares, gestos e expressões.  Eu vi isso nos primeiros minutos em que assisti "The Flight Attendance" e estou vendo que será minha próxima série de maratonagem.

Kaley Cuoco te amo com todos os 15% heteros de meu ser.


É isso.  Gostei moderadamente da série, não pretendo fazer um rewatch e não é uma das que pretendo baixar para salvar do apocalipse Zumbi.  Mas vou sentir falta da presença deles acompanhando minhas refeições e nesse momento sinto aquele vazio de quem se despede de amigos.


"Soft kitty, warn kitty, little ball of furr..."

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